Vermelho estava certo?

O deputado federal Vermelho oficializou sua saída do PL e anunciou filiação ao PP. A mudança, segundo ele, não é ideológica, mas consequência de uma série de traições políticas e decisões unilaterais do diretório estadual do PL — a mesma sigla que rifou sua tentativa de viabilizar uma candidatura de Paulo Mac Donald à prefeitura de Foz do Iguaçu em 2024.

Vermelho queria Paulo. O partido quis o General. E agora, passados os 100 dias de gestão, a pergunta que começa a ecoar pelas esquinas da cidade é: será que Vermelho estava certo desde o começo?

Na reta final das eleições municipais, o deputado bancou seu apoio ao ex-prefeito Paulo Mac Donald com todas as letras, mesmo após ser retirado da presidência do PL em Foz e ver a sigla ser entregue a um grupo político alinhado ao então candidato General Silva e Luna. Mesmo sob pressão, Vermelho não voltou atrás. Não traiu. Não se calou. E seguiu firme ao lado de Paulo.

Já o partido preferiu seguir o script do “novo gestor técnico”, um general aposentado com currículo de peso, mas sem histórico político na cidade. A aposta era num choque de gestão. Mas até aqui, o que chegou mesmo foi um banho de água fria.

A conta chegou

Dois dias após os 100 primeiros dias da gestão de Silva e Luna, o perfil Foz 1000grau fez uma enquete simples, direta e brutal: “Se fosse o Paulo, estaria melhor?”
Resultado? 72% disseram sim. Só 28% acham que o General está mandando bem.

Claro, a enquete do Instagram não é pesquisa oficial. Mas revela o que o povo já está dizendo em voz baixa (e às vezes nem tão baixa assim): cadê o prefeito eficiente que prometeram?

Nas redes sociais, sobram frases como “deveria ter um botão de desfazer o voto”, “me arrependi” e “era melhor ter ido com o Paulo”.

A cidade esperava um reboot. Recebeu um déjà-vu.

Luna se elegeu com a imagem de um técnico imparcial, pronto para aplicar disciplina militar na bagunça urbana de Foz. Só que, até agora, não mostrou a que veio. O relatório dos primeiros 100 dias, recheado de generalidades e promessas recicladas, não empolgou nem mesmo quem votou com esperança.

Enquanto isso, o plano de governo de Paulo Mac Donald — que teve mais de 47 mil votos — começa a parecer um documento futurista comparado à lentidão da atual gestão. 

E se?

Agora, a cidade começa a viver um sentimento coletivo de arrependimento. Aquele “e se” que ronda toda escolha mal feita.

E se o PL tivesse deixado Vermelho liderar o palanque com Paulo? E se Luna fosse mesmo o gestor dos sonhos que prometeram? E se a gente pudesse voltar no tempo?

Mas política não é videogame. E o botão de “refazer escolha” não existe. O que existe é o agora: um prefeito com discurso cansado, uma população frustrada e um deputado que — goste-se dele ou não — pode dizer com tranquilidade: eu avisei

 

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