
Já não bastasse a lambança do começo do ano, quando uma reforma administrativa foi vendida como modernização, mas só serviu pra enfiar apadrinhado em cargo de confiança, agora o prefeito General Silva e Luna quer mais. Mais cargos, mais poder, mais controle sobre um orçamento bilionário. E o que a Câmara de Foz está prestes a fazer? Entregar um cheque em branco, com firma reconhecida e carimbo de “faça o que quiser”.
O novo plano do general é desmontar e remontar a Secretaria de Habitação. Na prática, ele quer criar novas diretorias, mais cargos comissionados, distribuir gratificações como se fossem balinha e, claro, ter liberdade total pra escolher quem vai comandar o cofre recheado por programas como Minha Casa, Minha Vida e Viver Mais Paraná — juntos, estimados em R$ 200 milhões.
A Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu analisará nesta semana a Mensagem nº 16/2025, enviada pelo prefeito General Silva e Luna, que propõe uma mudança profunda na estrutura da Secretaria Municipal de Habitação.
E qual a justificativa oficial? A clássica: “modernização”. Alega-se que a atual estrutura está ultrapassada. Curioso, porque quando enfiaram gente nova nas principais pastas no começo do ano, prometeram agilidade e eficiência — e o que se viu foi atraso, desorganização e serviço capenga. Agora, o prefeito volta com a mesma ladainha, como se ninguém tivesse memória.
O projeto não diz quantos cargos, nem salários, nem impacto, Mas diz: “confia”.
A proposta não apresenta números. Nada de quantos cargos serão criados, nem os salários, nem o impacto no orçamento. É como dar a chave do cofre, virar de costas e dizer “se vira, general!”. E ainda tem a cara de pau de afirmar que está tudo dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ah, claro, porque se tá escrito no papel, então a gente acredita, né?
A Câmara vai assinar embaixo?
Se os vereadores aprovarem isso do jeito que está, sem emendas, sem exigência de transparência, vão estar dizendo com todas as letras: faça o que quiser, chefe. Uma bênção política em pleno ano pré-eleitoral, justo na área de habitação, que é um tema de apelo social gigantesco.
E o risco? Nomeações políticas, cabide de emprego, favorecimento na distribuição dos imóveis… Mas quem se importa com isso quando há fotos bonitas pra fazer em inauguração de conjunto habitacional?