Tendo que arcar com Seguro obrigatório, IPVA, licenciamento, manutenção de veículos, estradas ruins, trânsito inseguro e desorganizado, gasolina, etc. Para se ter um veículo neste país, deve-se ser um verdadeiro “herói da economia”.
Ainda vivendo sob reflexos de uma pandemia e com uma crise econômica que afeta a grande maioria dos brasileiros, a vida não tem sido fácil para trabalhadores iguaçuenses que fazem uso de carros ou motos para se deslocarem de casa para o local de trabalho, ou até que exercem atividade remunerada sob duas ou quatro rodas.
Nos últimos meses tem se observado um volume maior de operações nas vias públicas, muitas vezes simultâneas e em horários de pico.
“Não questionando sua legitimidade consista na realização da verificação de documentos de veículos, sua condição de circulação e a identificação e habilitação dos seus condutores, é inquestionável o caráter indigno da instalação de blitz ou barreiras de trânsito como forma de abordagens de veículos em horários de pico, visto que, não há sentido racional algum na execução de um procedimento que busca fiscalizar os cidadãos em busca da concretização do dever do Estado de proporcionar o bem-estar social, a segurança e livre circulação, num momento cujo ato terá como consequência o resultado oposto, consistente na detenção de cidadãos, que estão, muitas vezes, voltando de seus empregos e funções sociais e tentando gozar de seus direitos subjetivos, como o da livre circulação”, relata o leitor Matheus Rocha.
O Foztrans – Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu, não tem dado trégua. Além da “multa móvel”, que fiscaliza o estacionamento rotativo, as blitz tem como resultado, entre multas e apreensões, mais dificuldades impostas principalmente aos motoristas e motociclistas autônomos.
“Queria pedir ao prefeito se ele não tem dó do povo de Foz do Iguaçu, o qual elegeu ele, parece que ele não está nem aí para o povo de Foz do Iguaçu. já começaram a fazer blitz em vários lugares da cidade , como às pessoas vão conseguir pagar o seu documento do seu veículo, sento que por conta da pandemia milhares de pessoas ficaram sem trabalho , então prefeito de Foz do Iguaçu, não faz vista grossa para essas situação, porque o povo votou em você, porque agredida no seu trabalho , então não decepciona essas pessoas, agora na minha opinião não é hora de fazer blitz, tem muita gente que não conseguiu pagar seu documento do seu carro , porque perdeu seu emprego, e está conseguindo só comprar seu alimento de necessidade básicas, então prefeito faça alguma coisa nesse sentido, e não se esconda, honra os votos que você ganhou”, desabafa o morador Nelson.
A reportagem do Jornal Primeira Linha procurou a direção do Foztrans durante semanas buscando respostas para alguns questionamentos que apresentamos:
- O porquê do aumento das fiscalizações?
- Para onde vai o dinheiro arrecadado com as multas?
- Como é tratado e quanto recebem os serviços de pátio e guincho?
Até o fechamento da edição o Jornal Primeira Linha não recebeu as respostas para essas perguntas simples. Algumas, inclusive, nem precisariam ser feitas se o Portal da Transparência fosse um pouco mais “ transparente”.
