A matemática do General: mais gastos, menos investimento em saúde e educação?
O novo prefeito de Foz do Iguaçu, General Silva e Luna, apresentou um projeto de reestruturação governamental que propõe um aumento de quase 60% nos gastos com cargos comissionados. O impacto anual previsto é de R$ 12 milhões a partir de 2025, totalizando R$ 40,5 milhões até 2028.
Atualmente, a folha de pagamento dos comissionados custa R$ 1,97 milhão por mês. Com o novo projeto, o valor passará para R$ 3,15 milhões, colocando ainda mais pressão sobre o orçamento municipal, que já destina quase 48,5% da Receita Corrente Líquida (RCL) para salários e benefícios.
Com o orçamento de 2025 projetado em R$ 2,2 bilhões e R$ 884 milhões já comprometidos com a folha de pagamento, fica a pergunta: de onde virá o dinheiro para sustentar esse aumento? Cortes em outras áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura, são uma possibilidade preocupante.
Embora Foz do Iguaçu esteja dentro do limite legal da Lei de Responsabilidade Fiscal, a margem para novas despesas é pequena, e qualquer descontrole pode comprometer serviços básicos para a população.
A proposta ainda está em análise na Câmara Municipal, mas o aumento previsto levanta dúvidas sobre as prioridades da nova gestão. Será que, para financiar o aumento de salários de comissionados, outros setores serão sacrificados?
Resumo Simplificado: Mudaram nomes, quantidade e salários de alguns cargos na prefeitura. Secretário Extraordinário: Nada mudou. Ouvidor Geral: Salário dobrou, de R$ 6.425,00 para R$ 12.850,00. Diretor de Departamento: Aumentou de 44 para 65 cargos, e o salário também subiu de R$ 6.425,00 para R$ 12.850,00. Coordenadores: Criaram mais vagas e dobraram os salários (de R$ 2.460,00 para R$ 5.140,00). Assessores Técnicos: Salário passou de R$ 6.425,00 para R$ 10.280,00. Assessores I: Reduziram o número de cargos, mas subiram o salário de R$ 2.460,00 para R$ 3.855,00. Novos Cargos: Criaram o de Chefe de Gabinete do Vice e o de Secretário Adjunto da Saúde, ambos ganhando R$ 12.850,00. Resumo da ópera: Mais cargos, salários maiores e um impacto pesado nos gastos públicos.