“E se fosse o Paulo?”: Após 100 dias de Luna, seguidores se perguntam se erraram o voto

Dois dias após o prefeito General Silva e Luna completar seus 100 primeiros dias à frente da prefeitura de Foz do Iguaçu, a página Foz 1000grau lançou uma enquete pública no Instagram que levantou poeira nas redes: “General Silva e Luna completa 100 dias como prefeito. Se fosse Paulo Mac Donald, estaria melhor?” A resposta de 835 iguaçuenses foi um balde de água fria na gestão do militar: 72% disseram que com Paulo estaria melhor. Apenas 28% acham que Luna está mandando bem.

Apesar da ferramenta de enquete da META não ser científica, o resultado revela um sentimento popular que já está circulando nas rodas de conversa, nos grupos de WhatsApp e nos comentários das redes sociais: “Cadê o choque de gestão prometido pelo general?”

“Deveria ter um dispositivo que a gente pudesse voltar atrás no voto. Difícil agora é ter que esperar 3 anos e meio pra poder arrumar a c…”, escreveu um seguidor indignado.

Um gestor que ficou só no Papel?

Durante a campanha, Luna vendeu sua imagem de gestor técnico, alguém que aplicaria a disciplina para colocar Foz nos trilhos. Mas passados os primeiros 100 dias, o que se vê é um relatório recheado de promessas vagas, com pouca entrega real e uma cidade que continua enfrentando os velhos problemas: saúde emperrada, buracos nas ruas e uma sensação geral de “mais do mesmo” no ar.

Enquanto isso, o plano de governo de Paulo Mac Donald com seu vice, Thiago Kodama – que ficaram em segundo lugar na eleição de 2024 com mais de 47 mil votos – surge como uma espécie de “espelho reverso” da insatisfação atual.

Na saúde, por exemplo, Paulo prometia:

• Ampliar o programa Saúde na Hora para todas as UBS e USFs, com atendimento até 22h.
• Implantar uma Maternidade Municipal e um Hospital Infantil.
• Criar a Casa do Autista.
• Descentralizar a entrega de medicamentos com o programa Farmácia Iguaçuense​.

Enquanto isso, o que vimos nos 100 dias de Luna foi apenas a promessa de revisar contratos e otimizar o atendimento – sem nenhuma ação concreta apresentada no relatório da prefeitura​.

Um sentimento de arrependimento coletivo?

Nas redes, cresce o coro de quem se arrepende de não ter votado em Paulo. Gente que esperava uma gestão inovadora, mas está lidando com a dura realidade de que talvez tenha caído na ilusão do “gestor salvador”.

A insatisfação não vem só do povão. Empresários, servidores e até parte da base de apoio do general começam a mostrar desconforto. O discurso técnico não se sustentou diante da lentidão nas entregas. Como resume um analista local: “Luna assumiu com pose de CEO, mas está entregando como estagiário”.

E agora, Foz?

Faltam ainda 3 anos e 265 dias para o fim da gestão. Mas o tempo já começou a pesar. A cidade esperava um reboot. Recebeu um déjà-vu.

A consulta do Foz 1000grau, mesmo sem metodologia científica, expôs algo maior: a vontade coletiva de ter apertado outro botão na urna.