A família da estudante de biomedicina Zarhará Hussein Tormos, assassinada brutalmente em fevereiro deste ano, decidiu mudar de estratégia jurídica. Os novos responsáveis pelo caso são os advogados criminalistas Lougan Cardoso e André Freire, ambos com sólida experiência em Tribunal do Júri e uma bagagem que promete dar novo fôlego à busca por Justiça.

Segundo a família, a troca de advogados foi uma decisão estratégica. Já os novos defensores prometeram uma atuação mais firme e incisiva no andamento do processo. Enquanto isso, o crime que abalou Foz do Iguaçu segue cercado de perguntas sem resposta, especulações infundadas e declarações irresponsáveis — como a do apresentador Nelson Rodrigues, que decidiu aventurar-se em teorias sobre redes de prostituição e tráfico de drogas, sem apresentar uma única prova. O devaneio público foi duramente rebatido por Anamir, mãe da vítima, que além de registrar um boletim de ocorrência, avisou: vai levar o caso à Justiça.

Enquanto isso, a Polícia Civil avança com investigações delicadas, com direito a reviravoltas dignas de novela policial. A principal suspeita, uma esteticista de 26 anos que mantinha relações comerciais com Zarhará, está presa e coleciona mais indícios do que álibis. Já o namorado dela, apontado como motorista do carro de apoio ao crime, também foi preso.

O carro da própria vítima foi o palco do horror: Zarhará foi encontrada morta, com as mãos e pés amarrados com fita — fita esta que carrega fragmentos da digital da esteticista. Coincidência? Quase nada.

O delegado Marcelo Dias ainda não descarta a participação de uma terceira pessoa, ou mesmo de uma cabeça pensante por trás do crime. Enquanto isso, a digital da esteticista apareceu onde não deveria: na maçaneta do carro e na fita que amarrou a vítima.

A troca na defesa marca um novo capítulo em uma história que, por mais que tentem empurrar versões paralelas, continua exigindo o básico: Justiça. E, para isso, a família de Zarhará parece disposta a tudo — menos aceitar qualquer narrativa fabricada no improviso de um microfone.