Os Estados Unidos estão com os olhos voltados para a região que liga Brasil, Paraguai e Argentina. O governo americano está oferecendo uma recompensa de até US$ 10 milhões — cerca de R$ 60 milhões — para quem fornecer informações que ajudem a desmontar os esquemas de financiamento do grupo libanês Hezbollah na Tríplice Fronteira.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (19) pela Embaixada dos EUA no Brasil. Segundo o comunicado, o Hezbollah atua na região usando uma verdadeira rede de crimes para levantar dinheiro. A lista é extensa: lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de carvão e petróleo, venda ilegal de diamantes, transporte de moedas em espécie, cigarros, artigos de luxo e até falsificação de documentos e dólares.

Mas nem tudo é ilegal à primeira vista. O grupo também movimenta dinheiro por meio de empresas legítimas espalhadas pela América Latina, incluindo negócios na construção civil, setor imobiliário, importação e exportação.

A recompensa será paga por meio do programa americano “Rewards for Justice”, que já distribuiu mais de US$ 250 milhões a informantes cujas denúncias ajudaram a barrar ameaças à segurança dos EUA.

A caça às fontes de renda do Hezbollah inclui desde doadores e instituições financeiras até empresas de fachada e esquemas tecnológicos. O alvo é claro: cortar o dinheiro que alimenta o grupo.