A manhã deste domingo (22) amanheceu sob o impacto de uma tragédia em Gramado, na Serra Gaúcha. Um avião bimotor, modelo PA-42-1000, caiu em plena Avenida das Hortênsias, uma das vias mais movimentadas da cidade, especialmente durante a temporada natalina. Infelizmente, não houve sobreviventes entre os ocupantes da aeronave, conforme confirmou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, por meio de suas redes sociais.
“Infelizmente, as informações iniciais dão conta de que os ocupantes da aeronave não sobreviveram”, escreveu o governador. A Defesa Civil Nacional informou preliminarmente que dez pessoas estavam a bordo.
O impacto do acidente não se restringiu apenas à aeronave. Pelo menos 15 pessoas foram socorridas e encaminhadas a hospitais da região, algumas delas após inalar fumaça proveniente do incêndio causado pela queda. Testemunhas relataram momentos de pânico, com correria e um forte cheiro de combustível no ar.
Segundo o capitão Bastos, da Brigada Militar, o avião colidiu com um prédio, atingiu uma residência e uma loja de móveis antes de se despedaçar. Parte dos destroços chegou até uma pousada próxima, onde duas pessoas foram resgatadas com vida.
A aeronave havia decolado do Aeroclube de Canela, cidade vizinha, com destino a Jundiaí, no interior de São Paulo. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a matrícula PR-NDN pertence a Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi. O avião, fabricado em 1990, possuía autorização para operação normal, mas estava proibido de realizar voos como táxi aéreo.
A Força Aérea Brasileira (FAB) acionou investigadores do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V) para apurar as causas do acidente. As primeiras informações apontam que as condições climáticas adversas, como o nevoeiro intenso, podem ter contribuído para a tragédia.
Enquanto Gramado, uma cidade conhecida por seu charme turístico, tenta se recuperar do choque, especialistas em segurança aérea reforçam a necessidade de fiscalização rigorosa sobre aeronaves em operação no país. A comoção toma conta não apenas dos moradores, mas também dos turistas que visitavam a cidade neste período de festas.
O local segue isolado para perícia, e as investigações deverão esclarecer os fatores que culminaram nesse desastre aéreo. O episódio deixa um alerta importante sobre segurança, manutenção de aeronaves e a necessidade de uma fiscalização mais eficiente nos céus brasileiros.