A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu decide nesta sexta-feira (10), às 9h, em sessão extraordinária, sobre o polêmico projeto de reestruturação administrativa proposto pelo prefeito General Silva e Luna. A proposta, que prevê um aumento de quase 60% nos gastos com cargos comissionados, impactará os cofres públicos em R$ 12 milhões anuais a partir de 2025, totalizando R$ 40,5 milhões até 2028.
O que está em jogo?
O projeto de lei nº 1 de 2025 reorganiza a estrutura administrativa da prefeitura, criando novas diretorias e cargos em várias secretarias, como Educação, Saúde, Meio Ambiente, Obras, Turismo e Esporte. A medida inclui ajustes na Secretaria de Saúde, que agora terá uma Diretoria de Atenção Especializada e Saúde Mental, além de outras subdivisões como Vigilância em Saúde e Urgências e Emergências.
Na Educação, o texto propõe a criação de diretorias voltadas à Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Especial, entre outras áreas estratégicas. Outras pastas, como Meio Ambiente e Obras, também terão mudanças significativas.
Impacto financeiro e questionamentos
Se aprovado, o projeto aumentará os gastos com cargos comissionados para R$ 3,1 milhões mensais – 59,5% a mais do que o valor atual. Esse acréscimo levanta dúvidas sobre como a prefeitura pretende financiar os novos custos, considerando que quase metade da Receita Corrente Líquida (RCL) já está comprometida com a folha de pagamento.
Com o orçamento de Foz do Iguaçu para 2025 estimado em R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 884 milhões destinados a salários, especialistas alertam que a margem para outros investimentos será ainda menor.
E agora?
O projeto gerou debates acalorados na cidade. Enquanto o Executivo defende que as mudanças são necessárias para modernizar a gestão, críticos questionam se o aumento nos gastos é sustentável e como isso afetará áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura.
A decisão final agora está nas mãos dos vereadores, que votarão nesta sexta-feira (10). A população segue atenta aos desdobramentos, esperando por transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos.
