A equipe do nosso blog protocolou, no dia 14 de maio, cinco pedidos oficiais de informação junto à Prefeitura de Foz do Iguaçu. Os questionamentos, com base na Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), abordam temas sensíveis e diretamente ligados ao uso do dinheiro público. Entre eles estão contratos milionários de limpeza urbana, a ampliação do expediente da Prefeitura, a reforma de unidade básica de saúde, projetos apresentados ao Governo do Estado e o uso de tecnologias como inteligência artificial.
Pelo prazo legal, a Prefeitura tem 20 dias corridos para responder, com possibilidade de prorrogação por mais 10 dias. E sim, a lei é clara: a administração pública é obrigada a prestar informações de forma clara, objetiva e fundamentada.
O que estamos cobrando?
- Contratos de Limpeza e Gestão de Resíduos
Pedimos transparência total sobre a execução do Plano Municipal de Saneamento, contratos com a empresa responsável pela coleta de lixo e limpeza urbana, custos, relatórios de fiscalização e inclusive a receita gerada com o uso do aterro sanitário por empresas privadas. - Gastos com o novo expediente de 8 horas
Queremos saber quanto a ampliação da jornada de trabalho impactou nas contas públicas: energia elétrica, água, papel, copinhos descartáveis, café e, claro, folha de pagamento. Tudo mês a mês, comparando 2024 com 2025. - Reforma da UBS da Vila Yolanda
Solicitamos informações detalhadas sobre quem fez o quê na reforma: quais MEIs foram contratados, quanto receberam, que serviços prestaram, e se houve ou não licitação. Também queremos saber quem fiscalizou e como foi feito o controle dos pagamentos. - Projetos apresentados ao Governo do Paraná
Foz anunciou a captação de R$ 500 milhões em projetos estaduais. Nosso blog quer ver esses projetos, contratos assinados, prazos, responsáveis e, principalmente, o que já foi liberado de fato para o município. - Tecnologia, Segurança e IA na Prefeitura
Pedimos explicações sobre o uso de inteligência artificial em áreas como saúde, dados do contrato com veículo que identifica buracos nas ruas, situação da rede de fibra óptica municipal e câmeras de segurança – inclusive quantas estão funcionando (ou não).
Por que isso importa?
Transparência não é favor, é obrigação. O jornalismo independente tem o papel de vigiar, questionar e cobrar explicações, principalmente quando se trata do uso de recursos públicos. Essa iniciativa busca esclarecer onde e como o dinheiro da população está sendo investido, e se há retorno real para a cidade.
“O acesso à informação é a matéria-prima do jornalismo que acredita na democracia. Foz precisa de respostas, e o nosso trabalho é garantir que elas venham. Jornalismo de verdade se faz com coragem, e é isso que estamos entregando.” — Ed Queiroz, jornalista.
E agora?
A Prefeitura tem até o início de junho para responder. Vamos acompanhar cada protocolo, cobrar os prazos e divulgar as respostas — ou a falta delas.
Se a resposta vier pela metade, em link quebrado ou com “enrolation”, a gente volta aqui pra contar. Porque se a transparência é lei, o jornalismo é resistência.
