Uma manhã que tinha tudo para ser comum se transformou em um pesadelo para uma professora municipal de Foz do Iguaçu nesta terça-feira (17). Ao sair de casa acompanhada do filho de apenas 3 anos, ela foi surpreendida pela Polícia Militar, conduzida à delegacia e apontada como traficante. Tudo isso devido a uma denúncia anônima detalhada, que indicava que ela estaria envolvida com tráfico de drogas.
A denúncia parecia consistente à primeira vista. Durante a abordagem, a polícia encontrou drogas no carro da mulher e um bilhete com a mensagem: “O que faltou de semana passada te mando amanhã”. Um indício que sugeria, em tese, crime de tráfico de drogas, de acordo com a Lei 11.343/06.
Porém, algo não se encaixava para os policiais da 6ª SDP (Subdivisão Policial) de Foz do Iguaçu. O delegado Rodrigo Souza e sua equipe rapidamente perceberam que havia algo de errado naquela situação. Decididos a descobrir a verdade, iniciaram diligências para identificar a origem da denúncia anônima.
A investigação trouxe à tona uma história sórdida de vingança. O responsável pela denúncia falsa era ninguém menos que o ex-marido da professora. Ele havia colocado as drogas no carro da ex-esposa durante a noite — aproveitando que o veículo ficava estacionado na rua — e acionado a polícia pela manhã, planejando que ela fosse presa por tráfico.
Uma análise grafotécnica preliminar confirmou que o bilhete encontrado tinha sido escrito pelo ex-marido. O plano maligno acabou se voltando contra ele. A Polícia Civil o localizou e efetuou a prisão por denunciação caluniosa (art. 339 do Código Penal) e tráfico de drogas (art. 33 da Lei de Drogas).
O crime de denunciação caluniosa prevê pena de dois a oito anos de reclusão, mas somado ao crime de tráfico de drogas, a situação do ex-marido se complicou ainda mais.
Para a professora e seu filho, a sensação de alívio veio junto com a indignação por terem sido vítimas dessa trama diabólica. Para o ex-marido, o plano de vingança custou a liberdade.
Justiça Feita
O caso serve como um alerta sobre o uso de falsas denúncias como arma de vingança pessoal. Graças à rápida ação e à competência da Polícia Civil de Foz do Iguaçu, a verdade veio à tona e a injustiça foi evitada.
Agora, o ex-marido terá bastante tempo para refletir sobre sua tentativa de destruição, enquanto a professora e seu filho podem finalmente respirar aliviados.
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Somente parabéns a nossos policiais civil iguacuense