
Com a queda nas temperaturas no Paraná, cresce também a preocupação com o aumento de doenças respiratórias. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nas últimas semanas foram registrados saltos expressivos na positividade para vírus como Influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), especialmente entre crianças e idosos.
Dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) mostram que os testes para VSR saltaram de 6,43% em março para 15,02% em abril – uma alta de 133,5%. Já os casos de Influenza A dispararam: de 0,90% em março para 5,38% em abril, um aumento de quase 500%.
Além do aumento de circulação dos vírus, o boletim mais recente da Sesa aponta 81 casos e seis mortes por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) relacionadas à Influenza em 2024. Cinco óbitos foram causados por Influenza A (H1N1) e um por Influenza B.
Diante desse cenário, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforça a importância de medidas preventivas, como manter ambientes ventilados, lavar as mãos com frequência e, principalmente, se vacinar.
Até a última terça-feira (22), o Paraná aplicou 322 mil doses da vacina contra a gripe. A campanha estadual começou mais cedo este ano, no dia 1º de abril, com o objetivo de imunizar o maior número possível de pessoas antes da intensificação do frio.
O público-alvo da campanha no estado é de 4,9 milhões de pessoas. A meta é vacinar pelo menos 90% dos grupos prioritários, como crianças, gestantes, idosos e povos indígenas. O estado já recebeu quase 3 milhões de doses, das quais mais de 2 milhões foram distribuídas aos municípios.
Atualmente, o Paraná atingiu uma cobertura de 58,9% entre os grupos prioritários e 75% entre a população indígena, ficando em quarto lugar no ranking nacional de vacinação contra a gripe.
“Queremos acelerar ainda mais a imunização. Quanto mais gente vacinada antes do frio intenso, menor será a procura por atendimento médico nas UPAs e hospitais”, alertou o secretário.